sexta-feira, julho 28, 2006

Charles Schulz

Eu gosto da humanidade. O que eu não suporto são as pessoas

Linus

http://www.omelete.com.br/quadrinhos/artigos/base_para_artigos.asp?artigo=110

quinta-feira, maio 11, 2006

Fernando Pessoa

Entre mim e a vida há um vidro tênue. Por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar."

Do Livro do Desassossego

Me visitem na cadeia

João Ubaldo Ribeiro

Passei uns dias fora, sem ler jornais ou ver televisão. Deve ter sido esse afastamento fugaz das notícias a razão por que, ao voltar ao convívio delas, tomei um susto. Bastaram esses dias para minha perspectiva se apurar, por assim dizer, e eu sentir em cheio a assombrosa desvergonha a que chegaram o Brasil e suas instituições. Com perdão da má pergunta, que país é este, meu Deus do céu? Resolvi tomar a liberdade de dizer o que me parece no momento, sem eufemismos ou ressalvazinhas bestas, embora, é claro, me arrisque bastante. Posso ter meu sigilo bancário aberto – o que certamente provocaria frouxos de riso nos bisbilhoteiros –, assim como qualquer outro sigilo, pois o governo demonstrou que não merece confiança e é destituído de escrúpulos. Portanto, nenhum dos nossos dados a que é garantida confidencialidade está seguro. Ou de repente escarafuncham meu passado e descobrem um contemporâneo capaz de jurar que eu colei numa prova de latim do ginásio e, portanto, passei fraudulentamente, o que será considerado crime hediondo por algum tribunal desses do Executivo, que por aí abundam.

Finalmente, como não empregarei eufemismos, não é impossível que me acusem de calúnia, difamação ou injúria e eu venha a ser condenado pelo que se considerará um ou mais desses crimes, apesar de que, no meu parecer, se trataria de delito de opinião, figura que não existe, mas que pode perfeitamente ser posta em prática, sob nomes artísticos que lhe emprestem a aparência de legitimidade.

Começo, não sem certo enfado, a dizer o que penso do Executivo, na figura do nosso presidente. Sua conduta me tem transmitido a impressão de que ele é enganador, cara-de-pau, evasivo, fanfarrão, oportunista, ardiloso, demagogo e cínico o suficiente para encarar com desplante todo mundo saber que ele é candidato, mas se aproveita de brechas na lei para fazer campanha às custas do erário e não raro enganosamente. Acho que só é, de fato, sincero quando se apresenta como o melhor presidente que “este país” já teve, pois o movem as certezas absolutas que a ignorância costuma suscitar. O povo é engabelado por cestas e bolsas mil, enquanto as reformas que efetivamente o redimiriam não vêm e tudo indica que não virão. Tampouco tenho – admito que muito subjetivamente – boa impressão do caráter de Sua Excelência e da sua propalada fidelidade aos amigos, diante da gana de grudar no poder.

Estendo-me, com igual ou maior enfado, ao Congresso e, em particular, à Câmara. Fazendo as exceções que, com certeza, são em menor número do que a gente esperançosamente pensa, na minha opinião, o Congresso abriga elevada população de faltos de hombridade, larápios, carreiristas, mentirosos, venais, descarados, aproveitadores e membros da futura escola de samba Unidos do Deboche, tal a desfaçatez com que perderam o senso dos limites e da compostura e acham que podem fazer qualquer coisa, inclusive transformar a Câmara em gafieira. Cobertos de privilégios incogitáveis em qualquer país civilizado, os deputados quase não trabalham, trocam de partido em busca de vantagens pessoais e agora só faltam dizer-nos que comamos brioche ou que os incomodados se mudem. Continuarão a desrespeitar e aviltar o pouco que nos deixaram de dignidade e a protagonizar o que poderia ser chamado de chanchada ou ópera bufa, se isto não insultasse essas duas categorias artísticas.

Minha opinião sobre o Judiciário é que o número de juízes desidiosos ou venais é imenso, o povo não tem confiança na Justiça e ela própria muitas vezes parece não alimentar respeito por si mesma. Não consigo imaginar um juiz da Suprema Corte americana, que inspirou a criação do nosso Supremo Tribunal Federal, distribuindo entrevistinhas a torto e a direito. Tenho certeza de que estaria ameaçado de impeachment o magistrado da Suprema Corte que fosse cumprimentar um advogado de defesa que ganhou uma causa na qual esse mesmo juiz atuou. A Suprema Corte é sagrada, como devia ser o nosso Supremo.

Mas, ainda na minha modesta opinião, o Supremo se tem abastardado em inúmeras ocasiões e nunca sua imagem foi tão vulgar e deslustrada.

O que eu penso do nosso sistema político é que falta um bom nome para designá-lo, pois democracia é que não é. Tentando assim de orelhada, ocorrem-me cacocracia, cleptocracia, hipocritocracia ou, melhor ainda, pornocracia, pois é muito menos pornográfico um travesti se exibindo na avenida Atlântica, para faturar um dinheirinho com os pais de família inatacáveis que constituem a parte-mor de sua clientela, do que um vendilhão da pátria, um traficante de votos, um deslumbrado pelo poder, um criminoso disfarçado sob alegações grotescamente entortadas. E penso que nosso País é hoje moralmente flácido e desorientado. Não é incomum que o cidadão não consiga agir corretamente porque o sistema é tão corrompido que não aceita a integridade, ela nos é cada vez mais uma estranha. A corrupção está em toda parte, da gasolina adulterada ao peso roubado nos produtos embalados, aos remédios falsificados, aos atestados forjados, às instituições de caridade trapaceiras e a tudo mais que nos rodeia, onde sempre suspeitamos da existência de uma mutreta, pois a mutreta é o nosso modus operandi trivial.

Havendo assim expressado com franqueza minhas opiniões, no que julgo ser o exercício de um direito que, mais que constitucional, é direito humano basilar (sou jusnaturalista da velha guarda, colegas bacharéis), estou disposto a enfrentar as conseqüências que porventura advirem do que acabo de escrever. Se me processarem e prenderem, espero que o dr. Fernando Henrique, que processado já está sendo, também acabe preso. Achei meu diploma em Itaparica e tenho a mesma famosa prerrogativa de cárcere especial. Mas receio que, numa insólita confluência de posições, ambos peçamos celas separadas.,

Fonte: A Tarde, 02/04/2006

quinta-feira, maio 04, 2006

Simplicidade e Perseverança

O que pensas que foi a vida dos homens que se conseguiram erguer acima do comum? Um combate contínuo. Se se tratar de um escritor, para escrever, uma luta contra a preguiça (que ele sente tanto como o homem comum): e isto porque o seu génio quer manifestar-se - e ele não obedece apenas ao desejo vão de se tornar célebre, mas ao apelo da sua consciência. Calem-se portanto os que trabalham com frieza: poder-se-á imaginar o que é trabalhar sob a influência da inspiração? Que medo, que hesitação sentimos em despertar esse leão adormecido, cujos rugidos fazem estremecer todo o nosso ser! Mas, voltando atrás: ser firme, simples e verdadeiro - eis o útil ensinamento de todos os momentos.

Eugène Delacroix, in 'Diário'

quarta-feira, maio 03, 2006

Stardock's 10 rules for success

Our guide book..


By: Draginol
Posted: Saturday, April 22, 2006 on Opinionated Techie
Discussion: Business

Over the past several months we've been hiring a lot of people. So this weekend I decided to put together a little orientation power point that our HR people can eventually use to help introduce new people to the company.

One of the things I wanted to put in there (and did) was our overall philosophy. "The Stardock Way" if you will. I've posted about it before but I've modified it as I've learned more on business and life in general.

Here's the 10 rules we use to guide ourselves by:

  1. Nice Guys Finish First.
  2. Our customers are part of our team.
  3. Perfect is the enemy of good
  4. Win people over through kindness.
  5. Success is based on having lots of other people wanting you to succeed.
  6. Loyalty matters.
  7. Ideas are cheap.
  8. Do not create work for other people.
  9. Don’t sweat what “other people” are doing.
  10. Learn from your competitors

Nice Guys Finish First...

I mean that. People who are ruthless and mean and take no prisoners don't end up doing well in general. It's hard enough to succeed as-is, it's even harder if you end up with people against you. The whole "Godfather" style strategies I sometimes see people forget ignore the fact that the lead character in that inherited his empire. If you're pulling yourself up by the bootstraps, you should be cultivating friends and the best way to do that is to be an honest, decent human being.

Our customers are part of our team

I like to make software where I get real-time feedback from the people who would buy it. All our betas allow customers to give feedback. We do not usually have "free" betas. We almost always require the person to pre-order because we want to hear from people who are interested in the game enough to be a customer.

Perfect is the enemy of good

This is really the most important rule in many respects. The # of people who fail because they don't know when to stop working on something is immense. Even as I made my power point, I saw the temptation to start tweaking the order of the slides, the layout, and other things that would have added little to the presentation but increased the effort significantly. What happens is that people who strive only for perfection either never finish or -- far more commonly -- never try because they know how much work something is.

Win people through kindness

This is a hard one for me personally. My instinct is to vigorously defend my positions. I can be pretty aggressive on-line. But in general, it's far better to try to win people over by being a decent person than to beat them down with a superior argument or through force.

Success..

This is really a crucial one. To be successful, you really need other people to want you to be successful. The best way to do that is to set things up so that other people do well when you do well. Make every situation a win-win situation so that as you benefit, they benefit. And therefore they have a vested interest in you benefiting.

Loyalty Matters

Being loyal to people and companies usually pays off in the long run. Not always, but it's come up often enough that I'm a big believer in being loyal which is my natural inclination anyway.

Ideas are cheap

One of my biggest pet peeves are people who think ideas are somehow hard to come up with. I regularly get submissions for product ideas, game ideas, etc. in which they just need our company to "build it". "OH really? Thanks! Wow, all we have to do is take your 10 page idea and spend the next 2 years of our lives making it and you'll share any revenue 50/50?"

Everyone has ideas. Many people have good ideas. Ideas are meaningless. It's the people who can make an idea into a reality that matter. That's where the value comes in.

Do not create work for others

I have to be careful about how I present this. Managers should always make sure that those who work with them (i.e. answer to them) have plenty of work. That's not what I'm talking about. What I am talking about are people who come up with ideas or commit someone else who doesn't answer to them to work. In big companies, sales people are notorious for this kind of thing as they promise a customer features that they don't have to work on.

What we always frown on are people who come up with "ideas" and then try to aggressively get someone else to actually do the work to make it happen when those people don't work for them.

Another way of putting this is -- nothing is impossible for the person who doesn't have to do it.

Don't sweat what other people are doing

One of the quickest ways to kill any joy out of the workplace is to get a few people who worry about "fairness" in the workplace. They poke and nose around to see if anyone else is getting some perk or getting anything more than they think they deserve. Those people are poison and I make it my business to try to look for that sort of thing where I work and eliminate it when found.

It doesn't hurt you if someone else's monitor is a little bigger. Or if someon else gets to work at home on Tuesdays. Or if someone else's PC is 10% faster than yours. Or if someone else has a nicer car.

If you're worried about fairness too much then you're doomed and should just get used to being a bitter person. Unless your management is clueless (of course, people who worry about fairness all the time always think management is blind) you can be pretty sure that they are making sure that there is a general equity going on.

We reward people who work hard and get more done. And we don't reward people who are doing the bear minimum. If John is coming in sometimes at 11am it may be because John was working until 3am the night before from home and that management is aware of it. If Sally is working home on Tuesday it may mean they are taking a slight salary hit for it or their job isn't affected by location as much or that they're not in any sort of crunch time. There's a lot of reasons and as soon as you start sweating what other people are doing, you create an atmosphere where you have "rules" that make everyone have to abide by the lowest common denominator.

Learn from your competitors

I generally assume my competitors know more than I do. I try to see what others are doing and see if I can learn something from them. Sometimes I don't but often I do. Never assume that your competitors are stupid or don't know what they're doing. If they're successful, there's probably a good reason for it.

Fonte:
http://draginol.joeuser.com/articles.asp?c=1&AID=114319

Primeiro Post

Meu blog aberto oficialmente.
proximo post em 12 meses ;-)